quarta-feira, abril 18, 2007

Jacaré Existencialista

Na vida do ser humano, chega uma hora em que ele se pergunta qual o motivo de estar ali. Se ele realmente existe. Se as pessoas SABEM que ele realmente existe.
Na minha vida - assim como com meu relógio - essa hora está parada há décadas, e não há bateria que faça os ponteiros voltarem ao normal.
Aos poucos vou descobrindo o quanto sou insuportável com meus problemas inacabáveis. Aos poucos, eu vejo o quanto as pessoas me querem longe. E aos muitos vou descobrindo o quanto não vale a pena tentar desabafar, ou se abrir, para os outros. Ninguém tá nem aí com você e que se foda! Você que arranje um amigo imaginário, se vira, enche o saco do cachorro, mas não vai desabafar com alguém. Isso não. Prometo nunca mais cometer esse erro.
Então... será que posso desabafar com um blog? Bom, isso eu descubro outro dia.

quarta-feira, abril 11, 2007

Quando você deixou de me amar...

É mais fácil esquecer do que perdoar. Não é?
É mais fácil pisar em cima do que parar para conversar. Não é?
É muito menos complicado virar as costas do que olhar nos olhos.
Sai muito mais em conta partir pra outra do que consertar "nossos" ou seus erros singulares.
Tem gente que realmente não tá nem aí para um antigo parceiro. Como pode, uma coisa dessas?
Que fatalidade. Mas tudo bem, vou pra Califórnia.
Relaxa, meu analista já me deu todas as dicas. Logo, logo, eu te esqueço. Pague pra ver...
Já comecei uma listinha com 500 nomes de garotas que eu sou a fim, vou atrás de todas. Aeee!

"É preferível fingir não saber que se é bom no que se é bom a ser honesto sobre suas próprias qualidades. As pessoas não gostam muito de sinceridade. Acho que elas preferem falsa modéstia.
É melhor não falar muito em morte a encarar que nós todos vamos bater com as botas, daqui a alguns anos ou daqui a alguns minutos. As pessoas também não gostam muito de realidade. Devem preferir novelas e histórias em quadrinho.
É mais saudável ouvir músicas saltitantes sobre como o amor é a salvação do mundo a entender que nós não nascemos em produção pareada de almas-gêmeas e que "dar certo" com alguém é ser tolerante e criativo e nada mais que isso. As pessoas não gostam de solidão.
É mais fácil continuar reclamando de quão ruim é a vida do que ver auto-piedade, que transforma gênios potenciais em mediocridades ambulantes, como o câncer em metástase que precisa ser extraído do mundo. As pessoas definitivamente não gostam de críticas, mas adoram o comodismo."
Andrea Leite