quarta-feira, novembro 29, 2006

no. love

Nada supera(pelo menos para mim) o sentimento que eu ando sentindo.


É intenso,é devastador,é incrívelmente forte e atropela todos os outros. É uma paixão,por tudo,que destrói o que já existe e constrói castelos de areia encima d'água.


De tempos em tempos,eu sinto essa fúria,não específica,que potencializa a dor,o desejo,a felicidade e o amor.
Todas as coisas,embora diferentes,vem com a mesma intensidade,e tudo me queima de uma forma que eu não posso controlar.E eu me sinto como se tivesse 15 anos denovo e estivesse apaixonado pela primeira vez.

Eu não passo de uma pessoa monótona,que passa dias,semanas e meses sem sentir absolutamente nada. Mas as vezes de repente a vida queima em mim de uma forma como se nada mais fosse existir nunca mais.É como se todos os sentimentos precisassem queimar ao mesmo tempo para que nenhum deles seja desperdiçado.Dói tanto,e só.




É como se nada fosse pior.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Após o Porre

Ele olha pra trás e percebe algo estranho.
O outro, ao lado, diz que não há com o que se preocupar.
A garota estremece.
O terceiro rapaz diz que estão em número maior.
Após alguns minutos adentram uma ruela mal-iluminada e de aspecto sujo.
Ele olha pra trás mais uma vez, agora, não há ninguém. Então brinca: “Eles vão te roubar, te estuprar!”.
Num relance percebe novamente algo estranho.
Param!
A surpresa.
Uma faca em direção ao estomago.
Outra a alguns metros de distância.
Levam um celular embora. Uma carteira. E o prazer de estar juntos aos amigos numa noite de domingo, quando ninguém mais quis sair, com medo. Medo que os quatro mastigaram e engoliram com goles de 51.
Depois vomitaram nos policiais para não serem barrados e ridicularizados na ocorrência. Ocorrência inventada.
Voltem pra casa agora. Está quase tudo certo. Podem ir.
Estavam longe.
E agora?
Vão andando por essas ruas, que não se calam nunca mas, ficam em silêncio, quando percebem algo errado. Mais uma vez?
Não pode acontecer duas merdas numa noite só.
No final das contas o porre tinha sumido.
Ficou a dor de cabeça, o vazio nos bolsos e a vergonha dos homens-da-lei, que nada fizeram pra ajudar dois bêbados sofridos que não tinham nada e mesmo assim perderam tudo que conseguiram numa noite.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Ser ou Parecer?

Engraçado. Pra você, um novo começo. Pra mim, um velho final. Final esse que ainda não consegui me acostumar e, talvez, nunca consiga. É sempre isso, sempre, não importa pelo que seja, o final é sempre assim pra mim. Se eu escrevesse uma trilogia íntima, todos os finais seriam comigo trancado no quarto, com a luz apagada, tentando esquecer a humanidade por algumas horas, horas que seriam o que eu mais amaria.Quero sair daqui de novo, viajar, esquecer da minha existência em santos, esqueci tudo que eu fiz de um mês pra cá. Esquecer tudo que eu disse, tudo que eu pensei. E como pensei! Quero esquecer também tudo que eu senti, às vezes tenho vontade de fazer algum tipo de lavagem cerebral hahahahh.Eu não quero morrer, juro, sou muito imprestável pra isso. Ficaria muito mais triste se morresse, porque eu ia ver as pessoas vivas, que iam chorar os 2 primeiros dias por minha causa, e depois simplesmente esqueceriam que eu um dia fiz parte da vida delas... eu quero morrer bem velho, depois que todo mundo já tiver morrido, pra poder simplesmente encontrar essas pessoas depois, sem peso na consciência hahah, é ridículo falar isso, puta-que-pariu, eu sou ridículo!
Hoje eu tava pensando sobre toda essa historia de amor e coisa e tal. Cheguei a conclusão de que definitivamente o amor não existe. Tanto que há vários anos atrás essa palavra nem se quer existia. Alguém muito frustrado, querendo um motivo pra gozar que inventou a palavra “amor”. Amor não existe, o pior é que, além de inventarem uma palavra, também inventaram que essa palavra teria que se tornar um “sentimento”, sentimento esse que seria o oposto de “dor”, o mais engraçado e contraditório é que, a maior parte das dores, quem traz é o amor, essa palavrinha, esse sentimento. Minha conclusão é que o que sentimos é um grande afeto, pela família; amigos e até por certos casos. O que eu diria sobre os relacionamentos, namoro e tal, é que é mais do que simples afeto, é um certo egoísmo. Você sente que possui o outro e que não quer e não vai dividi-lo(a) com ninguém. Eu não acho esse um pensamento errado, acho mais do que certo, o errado é chamar isso de amor, já que quando se ama, você só quer o bem da pessoa, tudo o que quer é o que o outro seja feliz. AHAHAH. Essa é a mentira mais cabeluda que eu já ouvi. Até parece que alguém pensa assim, se pensa, meu amigo, sai daqui, você não pode fazer parte desse mundo, provavelmente era pra você ter caído em Júpiter.
Até parece que as pessoas não se mordem de ciúmes quando terminam um relacionamento, e seu ex logo arranja outra, ou outro. É ridículo dizer que não, e que ele ou ela é livre pra isso, o que é verdade, são livres mesmo! Só que ninguém se sente bem com isso!Cadê o amor agora? Eu acho que deixei cair embaixo do sofá, ou então esqueci no elevador da faculdade. Sinceramente, quero que alguém pise com força nele, para que não tenha jeito de voltar.

quinta-feira, novembro 16, 2006

spotless





Queremos mesmo esquecer completamente alguém?
Devemos mesmo esquecer completamente alguém?


Perder tudo?


Até os dias em que os dias não pareciam mais tão vazios?